Lançado pela editora Seguinte. |
A primeira coisa que me
perguntaram quando me viram segurando o livro foi: ‘Nossa que título estranho,
o que significa?’ foi a questão mais indagada para mim, o que no começo foi
meio ruim –pois não sabia responder- até que lá pelos meados do nono capítulo
veio a tão esperada resposta (spoiler on): Fique onde está e então corra era um comando
utilizado pelo sargento para os soldados dentro da trincheira, que se
posicionavam em fileiras e uns embaixo de outros. Conte até três, fique onde
está e então corra. (spoiler off)
O livro se passa em uma
Londres de 1914, este ano trás alguma lembrança? O início da Primeira Guerra
Mundial, ou como citada no livro: A grande guerra. Então nos primeiros
capítulos descobrimos que Alfie Summerfield está completando cinco anos e é
nesta data que estoura a guerra, consequentemente seu pai se alista para o
exército britânico e nunca mais se tem notícias dele, além das cartas que a
família recebe, mas essas logo cessam repentinamente. Então se passam quatro
anos e muita coisa mudou na rotina de Alfie, sua mãe não para mais em casa e
ele trabalha engraxando sapados na estação de trem, até que em um momento,
descobre que seu pai está vivo e em terras inglesas.
O texto é simples, sem
rodeiros, bastante direto e objetivo, mas cada palavra ali posta carrega e
acarreta dentro do leitor uma avalanche de emoções e sentimentos ao mesmo tempo
bons e angustiantes. Porque é uma guerra, aparentemente não há qualquer lado
bom, mas neste livro em especial há instantes que o coração pesa e os olhos
naturalmente se marejam.
Não tem com não se
apaixonar um pouquinho que seja por este livro, Boyne prova mais uma vez como é
um ótimo contador de histórias quando o assunto é protagonista criança. E às
vezes quando o leitor se pergunta: ‘Qual será que foi a razão do autor ter
escrito este livro?’, acredito que Boyne respondeu isso em sua obra.
Pela
melhor razão do mundo. Por amor.
Então aqui fica mais uma indicação para leitores a fim de saborearem um livro doce e sensível!